Da Redação
Uma cena devastadora abalou a Região Centro-Sul
de Belo Horizonte nesta sexta-feira (9). Três gerações de uma mesma família
foram encontradas mortas dentro de um apartamento no Bairro Barro Preto. As
vítimas, uma avó de 66 anos, uma mãe de 40 anos e uma bebê de apenas 1 ano,
estavam deitadas sobre a cama, ao lado de quatro cachorros também sem vida.
A Polícia Militar foi acionada após a síndica
do edifício, localizado na Rua Mato Grosso, receber uma ligação da avó paterna
da criança, que demonstrava profunda preocupação por não conseguir contato com
os familiares desde o início da semana.
Um Silêncio que preocupou
Raquel Moreira, síndica do prédio, relatou que
a avó paterna esteve no local ainda na quinta-feira (8) em busca de informações
sobre a ex-nora e a neta. O porteiro revelou que não via a família desde o
último domingo. Na manhã desta sexta-feira, a mulher voltou a contatar a
síndica, reforçando sua angústia e pedindo ajuda.
"Ela entrou em contato comigo muito
preocupada, talvez sentindo que algo de ruim tivesse ocorrido. Eu disse que
estava chegando no prédio e que iria até o 13º andar onde elas moravam. Logo
que cheguei no andar, senti um odor muito forte e chamei a polícia",
contou Raquel.
Cena Chocante
Diante da ausência de respostas e do odor
suspeito, os policiais precisaram arrombar a porta do apartamento. O que
encontraram foi estarrecedor: os corpos das três vítimas estavam sobre a cama,
junto aos quatro animais de estimação. Todas as janelas estavam fechadas, e no
local havia três bandejas com carvão queimado — elemento que pode ter relação
com o ocorrido, embora ainda não confirmado pelas autoridades.
A Polícia Civil já iniciou a investigação do
caso, e o Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para realizar a perícia e
esclarecer a causa das mortes. As circunstâncias, por ora, permanecem envoltas
em mistério.
Luto e Indignação
A tragédia gerou comoção entre os moradores do
prédio e nas redes sociais. Vizinhos descreveram a família como reservada, mas
carinhosa. A perda de uma bebê tão jovem e de três mulheres da mesma linhagem
em condições tão chocantes levantou uma onda de luto e perplexidade.
Enquanto as autoridades trabalham para elucidar
o que de fato ocorreu naquele apartamento do 13º andar, a cidade de Belo
Horizonte se vê diante de uma dolorosa pergunta: como três vidas se apagaram
assim, no silêncio de um lar?
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